26 de novembro de 2010
Mafalda e Susanita
16 de setembro de 2010
Bem me quer
Toda menina sabe que quando descobre o fecho do colar pra frente é porque tem alguém pensando nela. Sabe também que, quando tem um arrepio sem motivo aparente, deve pedir à pessoa mais próxima que diga um número de 1 a 26, e o número corresponde à primeira letra do nome do feliz indivíduo que lhe dedica seus pensamentos. Esses são conhecimentos básicos que não apresentam grandes mistérios, mas há um não acabar de controvérsias no que diz respeito à Crença do Relógio (e Deus sabe quantas tragédias já aconteceram por falta de uma sistematização dessa crença).
Em princípio, é simples: quando você surpreende no relógio um número em que todos os algarismos são iguais (00h00, 11h11 e 22h22) tem alguém pensando em você. Embora os mais ortodoxos só admitam essas 3 possibilidades de horário, a grande maioria das pessoas (ou pelo menos das meninas que ainda estão na escola) acrescentam à essa ínfima amostra os horários em que a primeira metade é igual à segunda (i. e. 14h14, 09h09 etc).
O que eu vim esclarecer hoje em caráter definitivo é o segredo que foi a mim confiado pelos monges tibetanos: seqüências numéricas (01h23, 12h34 e 23h45), bem como palíndromos* (12h21, 23h32 etc.) também são válidos. E mais: se alguém te perguntar as horas e você surpreender algum desses números, os pensamentos são direcionados ao questionador e não a você; espreitar o relógio à espera de um horário desses não vale; e principalmente, relógios analógicos, embora mais elegantes, jamais te proporcionarão a sublime alegria de receber os pensamentos de alguém.
Mas tomem cuidado com as falsas informações: fiquei sabendo da existência de extensas listas que afirmam conhecer o significado de cada horário e o conteúdo de seus respectivos pensamentos. Aí já é demais, né? Sou cética com essas coisas.
*Parece que existe um nome específico para indicar palíndromos numéricos: catraca, cacatua ou qualquer coisa que o valha... Tô pouco me lixando.
** A autora desse post afirma não ser supersticiosa, podendo passar tranquilamente debaixo de uma escada, atrás de um gato preto. Desde que Mercúrio não esteja retrógrado.
22 de julho de 2010
Tá tu-do-e-rra-do
5 de julho de 2010
Do brigadeiro à dominação mundial
15 de junho de 2010
Juliabeth
6 de junho de 2010
Uma sensação generalizada de desgraça iminente da qual não se pode escapar não importa o que se faça
"Há algumas pessoas que acreditam que o lar é o lugar onde se pendura o chapéu, mas essas pessoas tendem a morar em armários e pequenos cabideiros."
"A expressão 'Aqueles que não podem fazer ensinam' é curiosa, porque, se você olhar para o mundo, verá que os professores não são especialmente piores em fazer coisas do que qualquer outra pessoa, e assim a expressão talvez pudesse ser mais bem formulada como 'Ninguém pode fazer nada'."
"Uma biblioteca é como uma ilha no meio de um vasto mar de ignorância, especialmente se a biblioteca for muito alta e a área em torno tiver sido inundada."
"Em uma emergência, frequentemente descobrimos que os nossos companheiros podem ser de ainda menos valia em circunstâncias extraordinárias do que em uma noite comum."
"Uma das coisas notáveis sobre o amor é que, a despeito de pessoas muito irritantes que escrevem poemas e canções sobre o quanto ele é prazeroso, ele é realmente muito prazeroso."
"A coisa que você espera que nunca aconteça com você pode, em vez disso, acontecer justamente com outra pessoa, que passou a vida com medo da coisa que vai acontecer com você."
"Quase tudo nesse mundo é mais fácil de falar do que de fazer, com exceção de 'oferecer subsídios sistemáticos à furtiva, e tão suscetível a cistos, irmã de Sísifo', que é uma coisa mais fácil de fazer do que de falar."
"A citação de um aforismo, como os latidos zangados de um cão ou o cheiro de brócolis cozido demais, raramente é sinal de que algo proveitoso está para acontecer."
24 de maio de 2010
Re: Lascas de Pecorino
Curitiba está cheia desses eventos esse mês. Restaurante Week, Empório Gastronômico Batel Soho...Bazar na Desmobília.
Sabe, eu acho muito legítima a coisa de "o hype do design, da moda e do descolejo gastronômico na região mais luxo luxo luxo da cidade", e até curto lascas de pecorino.
Aliás, pra mim, diversão de pobre sempre foi quando no seu amado e querido restaurante popular a quilo, de repente aparece um grande e suculento queijo popularmente denominado e resumido como parmesão com uma colherzinha pra você catucar e tirar as lascas. E se aquele antigo provérbio chinês, que não me deixa mentir, dizia que nesse momento um quilo de Parmeggiano Regiano vale o mesmo que um quilo de chuchu, vamo comê queijo amarelo que hoje é o dia, né minha gente?!
Assim defino o relacionamento raso entre o pobre e o queijo, que é uma questão de valores, não morais, nem familiares, tampouco de paladar.
Mas este é um texto mais genérico sobre a pobreza. A minha por exemplo, é enorme. Cada coisinha dessas que eu vejo numa loja fofa, sei lá...uma cadeirinha de 2500 reais, uma mesinha de centro, uma mini luminária vintage, toda trabalhada na ferrugem, uma coisa que deveria me sensibilizar, eu não consigo. Minha pobreza de espírito deve ser imensa, para que eu seja impedida de enxergar o mérito em comprar um par de óculos de 12 dolares e vender no Brasil por 900 reais. Desculpa gente bonita, gente famosa, mas eu não entendo. Sou assim mesmo, insensível, rude e sem cultura. E pobre né...porque regular mixaria, dizem, é coisa de pobre.
Você vai lá e passa o dia todo vendo móveis que custam mais do que vc ganha num mÊs, paga no almoço o equivalente a um mês inteiro comendo no restaurante universitário (tá, não serve de comparação eu sei, e depois de comer no RU é que a gente empobrece de vez, porque aí qualquer peido que vc dá já custa mais que 5 almoços e tudo fica caro). Teu almoço de 25 reais foi composto de 5 capeletis ou fagotinis ou seja lá o que forem aquelas coisas quadradas tricolores (Ê Ô) recheadas de ricota com um molho, oka, muito gostoso, mas aí a pessoa tem que passar o resto da tarde tentando se convencer de que está satisfeita, pra não dar o braço a torcer, porque se falar que tá com fome, coisa de pobre, lá se vão mais uns cinquentinha pra completar o tanque.
E se meu tanque é flex, porque não comer o subway do dia todo dia? Ora, porque aí a diversão fica toda de lado. O ser humano bla bla bla bla bla bla se diferencia dos animais porque não come o subway do dia todos os dias. às vezes pára para apreciar um belissimo ravioli ao ragú de funghi, mesmo que a porção (diga-se de passagem todo mundo avisou que era uma porção DE DEGUSTAÇÃO) só dê pra encher o buraquinho da cárie (e olha aí a expressão de pobre me delatando outra vez).
A coisa toda é muito simples...Porque você (pobre) é impelido a comer mais quando é de graça ou quando o buffet oferta algo que te parece mais barato do que custa de fato? Porque somos todos oprimidos dia-a-dia pelo sistema...huahauahauh.
Um sistema (Tô me divertindo porque estou imaginando Paulo Maluf falando isso. Se vocês não tem a referência, de quem será o azar? Pois é.)que manipula os pobres, tirando das prateleiras dos mercadinhos de bairro todo o queijo Gouda, e exportando tudo para os paises ricos e para o Pão de Açucar express. Um sistema que coloca o dedo na cara do consumidor...ok, parei.
Lascas de pecorino
ALMOÇO
Entrada: Tartare de Pupunha e Manga em cama de Rúcula ao Molho de Limão OU Creme de Tomate, Mussarela de Búfala e Manjericão servido no Pão Italiano
Prato Principal: Rigatone em Saute de Pimentão Tricolor, Azapas e Tiras de Frango OU Risoto de Tomate Seco, Coração de Alcachofra e Lascas de Pecorino
Sobremesa: Torta Crocante de Avelã
5 de maio de 2010
Alice: Nárnia revisitada
Porque agora, além de cadernos, carteiras, bolsas, camisetas, flores, canecas, adesivos, panos de prato, blogs, animações e especiarias gastronômicas, nós também fazemos crítica de cinema.
A equipe do Meia Mussarela Corporation foi assistir Alice do Tim Burton a fins exclusivos de pesquisa – porque nós não somos pessoas irresponsáveis que vão ao cinema em plena segunda-feira-véspera-de-prova-de-marketing só pela diversão. E como nós não queremos enganar ninguém, temos que dizer que gostamos.
Claro que a história não é a original, mas quem se importa, né? A Alice está inclusive muito menos irritante do que no livro – o que é de certa forma um mérito. A partir da metade do filme ela até começa a maneirar um pouco naquela cara de Bella e fica mais simpática.
Mesmo que o filme fosse ruim, valeria a pena só pela cena da queda no buraco (como a Ju disse, “finalmente uma versão em que ela cai pra valer”). E se você não tiver um prazer mórbido em ver a Alice se arrebentar no chão depois de quase ser atropelada por um piano, ainda pode se divertir com o 3D. Eu humildemente acho que o efeito foi bem melhor aproveitado em Alice que em Avatar.
(E aqui eu abro um parêntesis pra dizer que –porra!- eu fui ver Avatar só pelo 3D e quase nem vi 3D! Aí os intelectualóides de plantão dizem que “essa é a grande sacada, o 3D é usado de forma sutil, dá só uma profundidade na tela”. E eu lá paguei 11 reais e fiquei 3 horas usando aquela droga de óculos pra ver PROFUNDIDADE? Eu quero é que todas aquelas explosões, bichos voadores e plantas-neon saiam da tela! Eu sou o público consumidor, eu tenho dinheiro, me impressionem!)
O filme também é tooooodo referenciado em clássicos do cinema, como Senhor do Anéis, Harry Potter, A Bússola de Ouro, Nárnia, A Lenda do Cavaleiro sem Cabeça, Titanic, Piratas do Caribe, Coração de Dragão, o próprio Avatar, Stefhanny Absoluta e outros (quem achar mais, me conte!). Na atuação, destaque pra Mrs. Burton que está ó-te-ma de Rainha de Copas, Johnny Depp foférrimo numa versão meio desamparada do Chapeleiro Maluco, e aquela moça que tem o rosto maior que a cabeça jurando que é Miss Wonderland no papel da Rainha Branca.
Pra não fugir do óbvio, Alice tá toda trabalhada no vestidinho azul (que, nas suas mudanças de tamanho, assume desde um visual meio diáfano de ninfa das águas ou um modelinho mais burlesco com babados, até um surpreendente estilo Galadriel no final). O que também surpreende é o desfecho, quando Alice de repente prova ser uma mulher de visão no mundo corporativo. Pra vocês verem como esse filme pode estar aí influenciando toda uma nova geração de jovens empreendedores.
Mas o que foi a cena do Johnny Depp fazendo o Rebolation, hein? Absolutamente desnecessária.
28 de abril de 2010
As leis de Murphy aplicadas ao panorama da física do emaranhado quântico - Parte 1
21 de abril de 2010
Os benefícios da gordura trans
15 de abril de 2010
Guia prático do viajante de ônibus
Viajar de ônibus é uma arte. São muitos os segredos que garantem uma viagem cômoda e tranqüila, e começam muito antes de arrumar a mala. Conheço gente que tem o costume de jogar uma mochila nas costas e ir pra rodoviária como se não houvesse amanhã, e compra a passagem meia hora antes do horário do ônibus. Já eu prefiro comprar com mais antecedência, pra garantir meu lugar ao sol à janela.
Sentar na janela é fundamental. Não só porque é um assento mais reservado e ninguém pisa no seu pé pra descer do ônibus na parada, mas também porque se controla a cortina. Tenho certeza de que existe algum artigo na Constituição garantindo ao passageiro da janela total poder sobre a cortina.
Também é preferível escolher um lugar na metade dianteira do ônibus, porque os lugares do fundo (além de ficarem perto do banheiro) são mais quentes. Os dias frios são os piores: parece que o motorista pensa que tem que estar 25º dentro do ônibus, só porque tá 5º lá fora.
Uma vez acomodado no seu lugar, com a bagagem devidamente guardada, chega a melhor parte. Não sei como é nas outras viações, mas na Garcia o motorista discorre um pouco sobre a viagem e os componentes do ônibus, sempre de uma forma muito fluida e espontânea . Algum dia vou começar a gravar essas falas, e montar uma coleção. Adoro.
Só depois disso é que você pode reclinar o banco e se preparar para dormir...
...e aí uma criança começa a chorar. Por que SEMPRE tem alguma criança no ônibus? E por que ela sempre chora? É difícil demais sedar seu filho antes de empreender uma viagem de 6 horas que começa à meia-noite?
Ou então é a véia conversadeira que senta bem do lado do senhor bom de prosa e pronto: você não terá um minuto de paz. Terá que ouvir a saga do preço dos repôio no sacolão, e a coitadinha da pobre da minha vizinha com aquela filha que não gosta de ninguém, viu? aquilo lá é bicho ruim mesmo, deus que me perdoe tratar a mãe daquele jeito com tudo que ela tá passando...
Felizmente você sentou ao lado da saída de emergência, e pode elaborar uma estratégia de fuga para dormir em paz no acostamento.
9 de abril de 2010
Este blog evoluiu. Agora é um blog de conteúdo adulto, né?
28 de março de 2010
São demais os perigos dessa vida
27 de março de 2010
Deixe sua reclamação após o BIP
26 de março de 2010
Faça sua parte pelo meio Ambiente
Dia das bruxas
25 de março de 2010
Só tô postando pra não levar bronca aí da dona Mussarela. (Ela é meio ansiosa às vezes)
Grandes segredos da vida que o Globo Repórter não revela
24 de março de 2010
Se ferrando e cantando e seguindo a canção
Por exemplo: um dia desses um cara me pediu aqui pra fazer uma etiqueta pra colar em cima de uns cartazes, com o nome, data e horário do evento... Eu peguei a régua na frente dele, medi e falei "Ok, uns 3cm devem dar" e pedi pra ele me mandar as informações por e-mail. Ele me mandou 2 páginas de texto, com as sinopses de todos os filmes, nome do diretor, ano, elenco, citações de camões e uma dissertação sobre a dialética hegeliana. E ainda disse assim "Se não couber tudo a gente pensa em uns cortes". Eu mandei um e-mail dizendo apenas: quando você disse "se não couber tudo" você tava fazendo uma piada, né?
Então. Ontem eu enviei para produção todos os materiais pra uma exposição que abre hoje, e pude visualizar claramente o responsável abrindo o e-mail dele às 17h50 e dando risada.
20 de março de 2010
Re: A vida, essa caixinha de surpresas
A vida, essa caixinha de surpresas
(E aqui eu abro um parêntesis pra dizer que nunca são os católicos que fazem isso. Diferenças entre religiões à parte, eu reconheço esse mérito nos católicos: não saem por aí evangelizando ninguém.)
Aí que ontem um gringo me passou um papelzinho e disse "procura esse vídeo no Youtube, você vai gostar". Pensei na hora que ele tava querendo me evangelizar. No mínimo ia ser um vídeo com imagens de natureza, uma música new age e uma mensagem tocante falando de Deus. Também tinha outras possibilidades: podia ser uma banda gospel ou um sermão de algum pastor dizendo que eu vou pro inferno.
Deixando a
19 de março de 2010
Re: me deixa daaaaaaaar
Juliana Machado
Me deixa daaaaaar!
Essa é a minha vida. Eu tento fazer uma boa ação e o mundo não deixa.
18 de março de 2010
My favorite things
Ultimamente eu só gosto de duas coisas. Salada de folhas e passear de ônibus.
Re: Admirável mundo novo
Admirável mundo novo
gostaria de lhe informar que estou prestes a dar novo rumo a minha vida. A partir de hoje, o sucesso financeiro e o prestígio orientarão minhas escolhas e ações. Para isso, tenho sido aconselhada por profissionais que obtiveram êxito em suas carreiras ( http://twitpic.com/yx0yz ). Em virtude dessa minha decisão, sinto lhe informar que sua companhia não é mais conveniente à minha tão ilustre pessoa. Espero que você não fique magoada e que, ao contrário, possa tomar minha atitude como bom exemplo.
Certa de sua compreensão, agradeço
Nayara Gonzalez
17 de março de 2010
11º mandamento
...nós nunca fomos mesmo muito boas nesse negócio de seguir regras.