3 de setembro de 2012

E livrai-nos do piruá, amém

Estudos da Universidade de Massachusetts confirmam: é um tal de ploc ploploc ploc ploc

Pipoca é religião. Não porque proporcione uma experiência transcendental ou eleve a alma ao Nirvana - não cheguemos a tanto. Mas quem sabe o que realmente acontece quando a tampa da panela se fecha? Quem pode explicar que um punhado de grãos secos e estéreis, aquecido com um pouco de óleo, exploda em um verdadeiro show pirotécnico para dar lugar a  deliciosos flocos de isopor?

Os cientistas, incapazes de ver no estouro da pipoca um milagre sublime, tentam explicar o fenômeno com termos técnicos, números e variáveis - porém, como acontece em tantos outros casos (quem aqui acredita em mitocôndria ou raíz quadrada de números negativos?), falham em oferecer evidências definitivas .


Tudo na pipoca prova a existência de um plano maior que rege nossas vidas, a começar por sua própria origem: quem teria adivinhado o potencial oculto no milho se não por inspiração divina? E como alguns poucos grãos resultariam em bacias cheias do prodigioso alimento se não por um milagre de multiplicação? Milagre que, aliás, não é novidade: há 2000 anos já se tem notícia de um messias que multiplicava pipoca para as multidões, e transformava milho em pipoca para curar a larica da madrugada em festas de casamento. Não por coincidência, o ritual mesmo da pipoca incentiva a vivência em comunidade e a partilha.


Há que ser crer em uma deidade responsável pelas maravilhas da pipoca - porque, sinceramente, não sei que alternativa nos resta.

Um comentário:

  1. Poxa, que coincidência, hoje mais cedo eu cantava esse jingle para minha namorada enquanto estourávamos pipoca. (:

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