Não existe muita margem pra errar um brigadeiro, mas parece-me que o meu nunca sai a contento. O brigadeiro dos outros é sempre mais gostoso. E isso não é nenhuma metáfora do tipo a-grama-do-vizinho, é a mais pura verdade. Um chimpanzé amestrado pode fazer um brigadeiro melhor que o meu. O MacGyver, munido apenas de um elástico e um chiquete, pode fazer um brigadeiro melhor que o meu. Você, caro leitor, provavelmente faz um brigadeiro muito melhor que o meu.
Não é que o meu brigadeiro seja ruim. Como eu disse no início do post, não existe muita margem pra errar um brigadeiro, e eu sou só uma cidadã comum, desprovida de poderes sobrenaturais que seriam compensados com uma (hipotética) extrema falta de habilidade culinária. O meu brigadeiro é gostoso, mas o dos outros é simplesmente... melhor.
Pensando muito sobre esse assunto, concluí que provavelmente existe uma conspiração mundial que, entre outros objetivos (como regulamentar a profissão de Personal iPoder), visa a sabotar o meu brigadeiro. O funcionamento é simples: todo mundo sabe que, além do leite condensado, chocolate e margarina, existe ainda um quarto ingrediente que garante o sabor inigualável dessa especiaria gastronômica. Todo mundo, menos eu (e, talvez, os croatas). É uma espécie de Show de Truman cujo principal intuito é impedir o meu sucesso no âmbito brigadeirístico.
Por isso eu vim aqui, hoje, fazer um apelo. Se existe alguém no mundo com culhões para combater esse esquema pérfido e me ensinar o segredo do brigadeiro, eu estarei atenta a abordagens sigilosas. Vocês sabem onde me encontrar.